domingo, 22 de maio de 2011

What a waste!

                Quem nunca passou por problemas? Quem nunca cresceu com eles? Depois de ter passado por tanta coisa, hoje já posso dizer que a minha visão do mundo é completamente diferente do que era à um tempo atrás e sei que ainda vai mudar muito. Depois de certas coisas a gente aprende que perdemos muito tempo de nossas vidas com coisas fúteis. Nos preocupamos demais com o que os outros pensam sobre a gente e para agradar os outros, deixamos de viver. MEU, QUE DESPERDÍCIO! Será que ninguém entende que a vida é curta demais para ser desperdiçada dessa maneira? Hoje em dia, todos se preocupam se a roupa está combinando, se o cabelo está liso, se a maquiagem está bem feita, se o perfume é bom, se o sapato é bonito... Pra quê? Eu não entendo porque as pessoas pararam o mundo para assistir o casamento real! Não vai mudar a vida de ningúem isso. Engraçado é que todos quiseram parar seus afazeres para assistirem o casório, porém ninguém quer parar seus afazeres para ajudar as crianças que morrem de fome na Africa todos os dias! Acho que tem tanta coisa ruim acontecendo no mundo e está todo mundo preocupado apenas com o modelo de vestido que a noiva do principe usou. Fala sério! Até parece que vivemos em mundo onde tudo é tão maravilhoso ao ponto de podermos parar tudo para assistir o tal matrimônio.
                Sinceramente, acho que estão todos nem aí para o que está se passando hoje no mundo. Ficam admirados com a tragédia no Rio, no Japão, em Realengo, mas é uma coisa momentânea. Depois de um tempo passa. Ridículo. Me diz, pra quê passar por cima de outras pessoas, pra quê querer se achar superior? Isso não vai te levar a nada. Só vai fazer com que as pessoas se afastem cada vez mais de você. Viva a vida intensamente, se preocupe com o próximo, diga eu te amo, dê um abraço em quem é importante em sua vida. Te garanto que vai te fazer muito bem. Se nos preocupássemos em fazer um mundo melhor, com certeza não haveria tanta miséria por aí. Acho que está na hora de pararmos e refletir um pouco sobre isso. Roupas de marca, carros importados, mansões, isso tudo só faz do lugar em que vivemos um lugar mais ganancioso e autoritário. Chegou a hora de nos preocuparmos com os outros, pois um dia poderemos precisar daquela pessoa que a gente menos espera. Precisamos acabar com essa ignorância e acordar para a vida. O tempo não pára e quanto mais demorarmos pior serão as consequencias. Valorize todas as pessoas que foram colocadas em sua vida. Pode ter certeza de que não foi à toa. Cada uma delas é colocada com um propósito. Depende de você descobrir o propósito de cada uma. Pense nisso. Um beijo a todos. Tizi =]

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um bom começo.


Bom, acho que para começarmos bem, nada melhor do que eu fazer uma breve apresentação. Para quem não sabe meu nome e Tiziana, apesar de ser escrito com Z a pronúncia correta é com C, assim: Ticiana. Sobrenomes eu tenho quatro, portanto meu nome completo fica Tiziana Maciel Tumiatti de Oliveira Alvares. Apelidos tenho vários, Tizi, Tici, Tata, Ti e por aí vai. Tenho 17 anos, faço Comercio Exterior na Fecea, em Apucarana. Adoro escrever, para mim é algo relaxante. Acho interessante essa coisa de compartilhar com os outros o que você pensa sobre diferentes assuntos. Por isso criei este blog. Morei nos Estados Unidos por alguns anos e devido a isso tenho algumas historias interessantes que acho que será legal postar algumas delas aqui. Confesso que vim para o Brasil na marra. Foi muito difícil aceitar essa decisão, porém hoje já estou mais conformada. Hoje já tem 10 meses desde que cheguei. Foi ótimo rever amigos e família que não os via já há algum tempo. Mas a saudade dos amigos de lá é muito maior do que eu poderia imaginar.
Enquanto morei lá aprendi a valorizar cada pessoa, cada momento, cada coisa que era colocada na minha vida. Aprendi que todos somos iguais independente de cor, raça, religião, crenças, etc. Aprendi que nada acontece por acaso. Conheci pessoas maravilhosas que com toda a certeza levarei para o resto da minha vida. Hoje eu sei o tamanho da responsabilidade que temos de ter antes de fazer qualquer escolha, pois depois será tarde demais para mudá-las. Cheguei ao Brasil muito mais forte, muito mais corajosa, com muita vontade de vencer e posso dizer que venci. Para quem já passou por essa fase sabe que a preparação para o vestibular não é nada agradável. Há muita pressão dos professores, dos nossos pais e até mesmo de pessoas que não tem nada a ver com as nossas vidas. Eu tinha apenas quatro meses para decidir o que queria fazer na faculdade, aonde e quando. Muita coisa para muito pouco tempo não é? Sim, porque vamos combinar que são decisões de extrema importância, porque se eu me arrepender mais tarde, nao tem volta. Terei de enfrentar tudo mesmo não gostando. Ou seja, quatro meses para decidir sobre a minha carreira universitária e só para completar, quatro meses para aprender tudo aquilo que eu não havia aprendido na escola durante esses três anos que fiquei fora. Para quem pensa que é fácil eu digo que não é nada fácil. A pressão era grande demais, o medo de nada dar certo tomava conta da minha cabeça, o medo de decepcionar todos aqueles que estavam torcendo por mim era maior ainda.
Resolvi então que começaria devagar, pois é dando um passo de cada vez que chegamos lá. Decidi que me inscreveria para os vestibulares da cidade mesmo, FAP e Fecea. A grande dúvida era, qual dos cursos escolher? Quis nutrição por bastante tempo, bastou eu ir visitar a faculdade e o professor me mostrar dois defuntos estirados em uma mesa e dizer que íamos abri-los para estudar o corpo humano, para que eu mudasse de idéia. Não posso mexer com sangue. Depois quis pedagogia, depois administração, sistemas de informações, psicologia, turismo e hotelaria... Até que depois de tanto pensar, de tanto pesquisar, de tanto imaginar coisas e depois de não aguentar mais as dores de cabeça, dores nas costas, a pressão de todos e o estresse fiz minha decisão! Escolhi sistemas de informações na FAP e Comercio Exterior na Fecea. A prova da Fecea foi primeiro. Estudei semanas e mais semanas. Chegava da escola mal almoçava e já ia direto pro quarto ler. No dia da prova acordei às seis da manha para estudar mais. Quando cheguei em casa, desabei a chorar porque achei que tinha ido muito mal. Tive que chutar todas as perguntas de matemática, não sabia nada de historia e português tinha sido uma aberração. Nada do que eu havia estudado caiu. Fui bem apenas em Inglês e na Redação. Todas as esperanças que tinha de passar morreram ali.
A prova da FAP foi mais fácil, e o resultado saiu uma semana depois. Passei. Na hora em que vi meu nome na lista de aprovados senti como se tivesse tirado um peso das minhas costas. Chorei muito, minha mãe e minha vó choraram muito também. Agradeci muito a Deus, pois sem Ele não teria conseguido. O resultado da Fecea só sairia no fim de janeiro. Ainda era começo de dezembro. Logo no inicio de janeiro minha vó por parte de mãe faleceu. Foi uma perda muito grande que todos nós na família sentimos muito. Ela era a alegria em pessoa. Aonde quer que estivesse estava sempre fazendo suas palhaçadas e todos sempre riam dela. O meu nível de estresse foi lá no alto. Minhas dores de cabeça e as dores nas costas voltaram a me torturar. O nervosismo estava incontrolável. Uma semana depois de sua morte, exatamente um dia antes de sair o resultado Fecea, o telefone de casa tocou. Ao atender minha amiga disse que havia saído o resultado e que eu havia sido aprovada. Não acreditei até porque o resultado estava marcado para sair apenas no dia seguinte. Entrei no site e vi meu nome lá na lista dos aprovados. Sétimo lugar. Quando desliguei o telefone dei um berro tão alto que os cachorros da vizinhança até começaram a latir. Foi um berro de alívio, de felicidade, de missão cumprida. Minha mãe subiu as escadas correndo e quando chegou no quarto eu já estava chorando. Ela me abraçou, me beijou, começou a chorar também quando eu disse que havia sido em sétimo lugar.
Depois de uma notícia dessas, liguei para a família toda, quase todos choraram de alegria. Minha vó então deu pulos de felicidade. Eu tive de repetir a mesma coisa umas quatro vezes para que meu pai acreditasse. Para quem diz que a prova da Fecea é fácil eu digo que não é. Para mim não foi nada fácil passar. Enquanto meus colegas estudavam para passar na UEL, na UEM, na UFPR eu me preparava para a Fecea. Foram muitos obstáculos, muitas lágrimas, muito empenho, muita fé em Deus para chegar até onde cheguei. Para mim não importa se a concorrência era muito baixa ou se para os outros a prova é fácil. Dada as minhas circunstancias e a minha situação era muito difícil sim. Achava que não tinha chance nenhuma. Hoje não me arrependo nem um pouco. Digo que venci uma fase muito difícil da minha vida. Isso me ajudou a me fortalecer mais ainda. Cheguei aonde queria chegar e estou muito satisfeita com o que consegui conquistar. Tudo isso, é claro que não conseguiria se Deus não tivesse estado ao meu lado em cada momento. Foi tudo graças a Ele que venci essa fase difícil. Devo isso tudo a Ti Senhor. Estou muito contente com o curso, era realmente aquilo que esperava. Para todos que me criticam eu os desafio a fazerem melhor. Hoje posso dizer que cumpri minha missão e que venham outras e mais outras. Estarei sempre pronta, pois é disso que sou feita. =]